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E se a Rua do Príncipe fosse feita para pessoas?
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Bike vs Carros (24/08/2015)
Bicicletada Joinville agradece a todxs que ontem (24) compareceram ao evento Exibição do Filme ”Bike vs Carros”.
O documentário provocou um debate construtivo e propositivo e nos fez refletir e acreditar na necessidade de continuar criando e ocupando os espaços pela cidade, visando à construção de uma cidade mais humana.
Agradecemos muito pela disposição de Aline Cavalcante, pela paciência e por nos proporcionar tantas reflexões, socializando suas experiências como cicloativista e seu conhecimento sobre os temas que giram em torno da mobilidade urbana, ocupação de espaços públicos, políticas públicas e os envolvimentos entre governos, partidos e o grande capital financeiro.
Ao Professor André Leonardo, que foi importante em trazer o debate para nossa realidade, nos contou como se deu o processo que trava ainda contra a Prefeitura e o Colégio dos Santos Anjos no corredor de ônibus da JK e sobre seu envolvimento com os problemas de mobilidade na cidade de Joinville.
Considerando o número de pessoas que participaram do evento e dos debates e a forma como ocorreu, acreditamos que superou as expectativas e nos deixou profundamente satisfeitos com todo o envolvimento, especialmente do jornalista Altamir Andrade e dxs cicloativistas que possibilitaram o acontecimento.
Contamos com o apoio de todxs que estavam presentes e daquelxs que por algum motivo não puderam estar, mas que de alguma forma se identificam com a causa, para darmos continuidade aos debates e construir um movimento forte em defesa da harmonização e humanização da cidade, seja no trânsito, seja nas comunidades, seja nos locais públicos de sociabilidade.
Saudações Bicicleteiras!
Bicicletada Joinville
Lembramos que na próxima sexta-feira, dia 28, tem Bicicletada. O encontro é a partir das 18h30 na Praça da Bandeira, ao lado do terminal central. Convidamos todxs a pegar suas bicicletas e ocupar as ruas da cidade.
Para saber mais sobre Bicicletada:
Nossa página no facebook:
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Duas mortes em duas semanas na mesma rua em Joinville e o caso de SP
Rua Santa Catarina, Joinville, 10 de março de 2015, 3a feira
O ciclista Rhuan Damaceno Schutel, 16 anos, é atropelado por uma moto. Após ser socorrido por uma ambulância e levado ao Hospital, onde passou por várias cirurgias, não resistiu e morreu, 7 horas depois do atropelamento. A Rua Santa Catarina não possui ciclovia ou ciclofaixa.
São Paulo, 18 de março de 2015, 4a feira
A promotora Camila Masour Magalhães da Silveira, do Ministério Público Estadual (SP) dá entrada em uma ação judicial na tentativa de paralisar a construção de todas ciclovias da cidade de São Paulo, inclusive da Av. Paulista, uma das ruas mais conhecidas do Brasil. Na ação, a promotora também pede que a prefeitura refaça a pavimentação original, sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. O Judiciário acatou em parte a ação da promotora, ordenando a paralização da construção de apenas algumas ciclovias. A Av. Paulista foi liberada. São Paulo é uma das maiores cidades do mundo, e sofre com a congestionamentos, poluição e falta de segurança no trânsito para pedestres e ciclistas. A promotora não vai de bicicleta ou ônibus para o trabalho.
Obras da ciclovia da Av. Paulista, em 5 de março de 2015. Foto: Tatiana Lowenthal
São Paulo, 19 de março de 2015, 5a feira
A promotora Camila M. M. da Silveira se reuniu com jornalistas e ciclistas para explicar o motivo da ação. Segundo ela, falta planejamento e estudo de viabilidade na construção das ciclovias. Entretanto no documento da ação, Camila foi mais juíza do que promotora, pois afirma que “a bicicleta não é um meio de transporte em massa e portanto sua eficiência é questionável porque a capacidade é ínfima”. Porém foi contestada pelos ciclistas, que afirmaram que a promotora não leva em conta as dezenas de mortes de ciclistas que ocorrem todos os anos em São Paulo. Outra crítica é ao objeto da ação, que não tem foco nas irregularidades das ciclovias, e busca além da interrupção da construção das ciclovias, que sejam desfeitas.
Rua Santa Catarina, Joinville, 24 de março de 2015, 3a feira
Maricleia Machado Wurz, 29 anos, após deixar seu filho na creche, é atropelada por um caminhão de lixo, às 8h30 da manhã. Maricleia chegou a ser atendida pelos bombeiros, mas morreu no local. A Rua Santa Catarina não possui ciclofaixa.
Foto: Jornal Notícias do Dia
Ciclovias são necessárias?
Ciclovias e ciclofaixas seriam completamente desnecessárias se a velocidade nas cidades fosse limitada aos 30 km/h, como já ocorre em algumas regiões do mundo. São áreas conhecidas como “vias calmas”. Coisa de primeiro mundo. Um conceito urbanístico de vanguarda, ainda mal explorado no Brasil, onde o transporte coletivo sofre com monopólios de empresas predatórias e o planejamento urbano segue as regras ditadas pelo mercado imobiliário especulativo, que expande cada vez mais os perímetros urbanos, aumentando as distâncias e com isso a dependência do automóvel.
É também um problema cultural. Os que possuem automóveis se vêm no direito de trafegar nas altas velocidades que suas máquinas lhe permitem, ignorando a segurança e o risco à que expõem pedestres, cadeirantes ou ciclistas, seduzidos pela falsa ideia de liberdade e status que seus veículos lhes proporcionam.
Assim como São Paulo, Joinville também precisa de mais espaço público para meios de transporte mais seguros, sustentáveis, saudáveis e democráticos.
Via calma em Vancouver (Canadá)
Dezenas de cidades ao redor do mundo, 27 de março de 2015, 19h
Nesta 6a feira, 27 de março de 2015, ciclistas de São Paulo prometem uma bicicletada em protesto pela retomada das obras das ciclovias da cidade. Outras cidades ao redor do mundo estarão juntas, levantando a mesma bandeira de mais ciclovias para São Paulo: Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Florianópolis, Natal, Recife, Campo Grande, Blumenau, Vitória, São José dos Campos, Juiz de Fora, Maringá, Porto Alegre, Aracaju, Salvador, Aracaju e Niterói no Brasil, e Mendoza (Argentina), Londres (Inglaterra), Palermo (Itália), Guatemala, San Francisco (EUA), Köln e München (Alemanha), Cluj (Romênia) e Murcia (Espanha).
Joinville não ficará de fora. Pelas ciclovias de São Paulo, por mais ciclovias em Joinville e por uma ciclovia na Rua Santa Catarina, venha participar da Bicicletada Joinville de Março. Dia 27 de março, 6a feira, às 19h na Praça da Bandeira.
Saiba mais:
Página da Bicicletada de Março de Joinville no Facebook
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Jornal Nacional e os conflitos entre ciclistas, motoristas e pedestres
No dia 15/12/2014, o Jornal Nacional fez uma matéria sobre os conflitos entre ciclistas, motoristas e pedestres no trânsito. A pauta é boa, mas a construção da redação merece algumas correções!
Segundo o JN,
“Um número cada vez maior de brasileiros passou a usar bicicleta como meio de transporte. E esse movimento saudável, tanto para eles quanto para as cidades, acabou criando algumas dificuldades de convivência com os motoristas e os pedestres.”
Não é o aumento de ciclistas que criou dificuldades. Culpar o aumento de ciclistas é injusto. As dificuldades sempre estiveram aí, e os pedestres sabem muito bem disso.
Ainda segundo o JN:
“Pedalar é uma alternativa para tirar carros das ruas, diminuir a poluição e não perder tempo no trânsito. Mas se sobram motivos para usar a bicicleta, falta espaço.”
Se cada ciclista decidisse abandonar sua bicicleta e comprar um carro, aí sim faltaria espaço. A origem dos conflitos no trânsito no Brasil é muito mais uma questão de educação e políticas públicas do que de infraestrutura. Os motoristas brasileiros, em sua maioria, não conhecem o Código de Trânsito, o que demonstra que os órgãos responsáveis pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (DETRANs), falham ao conceder a Carteira Nacional de Habilitação. Um exemplo é o Artigo 201:
Art. 201: “Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta: Infração – média; Penalidade – multa.”
O Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal 9.503, de 1997) foi criado com base nos Códigos de Trânsito vigentes na maioria dos países Europeus, onde há uma clara hierarquia civilizatória no trânsito: Em 1º lugar os pedestres, em 2º lugar os ciclistas e em 3º os veículos motorizados. A lógica é que o maior (mais forte) deve proteger o menor (mais vulnerável). Esta hierarquia está na Lei também:
Art. 29. (…) § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Mas eu tenho Carteira de Habilitação e não sabia disso!
Infelizmente não há uma preocupação política dos órgãos legisladores em relação à humanização do trânsito. Pernambuco e Paraná são exceção e saíram na frente. Agora nestes Estados as provas elaboradas pelos DETRANs para conceder Carteira de Habilitação devem contar obrigatoriamente um percentual de questões sobre a convivência no trânsito entre motoristas, ciclistas e pedestres. Com isso espera-se que todas as auto-escolas advirtam previamente seus alunos sobre as questões obrigatórias nas provas do DETRAN.
Ainda podemos citar outros Artigos que falam da convivência no trânsito:
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá: (…) Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.
Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado: (…) Infração – gravíssima; Penalidade – multa.
(veja mais no Vá de Bike)
O assunto é sério. Quem falha são os Estados brasileiros por meio dos DETRANs, que não dão a devida importância para a direção defensiva.
É de extrema importância que o meio jornalístico continue pautando a questão dos conflitos no trânsito. Mas se não tratarem esta pauta com profundidade e pesquisa, afim de transmitir informações esclarecedoras, estarão meramente reproduzindo o senso comum.
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Aplicativo Strava mostra as principais rotas utilizadas pelos ciclistas no mundo
A imagem acima mostra as principais rotas utilizadas pelos ciclistas de Joinville que utilizam o aplicativo Strava. Em Joinville é possível ver claramente que a Rua João Colin e a Av. Santos Dumont são muito utilizadas pelos ciclistas que usam o Strava. Os dados poderiam ser usados para justificar a criação de ciclo rotas e implantação de ciclovias / ciclofaixas na cidade. No site da Strava também é possível ver dados de 77,688,848 pedaladas registradas pelo mundo.
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Caminhões a serviço da Prefeitura estacionados sobre calçada e ciclofaixa
Na última 6ª feira (14/03/14), pela manhã, dois caminhões a serviço da Prefeitura de Joinville foram flagrados estacionados sobre a calçada e sobre a ciclofaixa, em frente à antiga sede da prefeitura, na rua Max Colin. O fato foi registrado em vídeo por Christian Bueno, que vive em Joinville e também é ciclista, mas que na ocasião estava de carro, pois sua bicicleta estava quebrada.
“Quase todos os dias pela manhã quando passo pela esquina das ruas Max Colin, e Dr. João Colin, eu presencio o desrespeito de caminhões a serviço da Prefeitura Municipal de Joinville, que estacionam tanto na calçada quanto na ciclofaixa, dificultando o ir e vir de pedestres e ciclistas, enquanto eles descarregam mercadorias na antiga prefeitura da cidade. Nesse dia eu resolvi documentar este desrespeito, esperando que alguma providência seja tomada, não só nesse ponto da cidade, mas em vários outros lugares onde os maiores do trânsito (caminhões e carros) se aproveitam de seu tamanho para se impor sobre os menores, em faixas de pedestres que não são respeitadas, calçadas que não são acessíveis, ciclofaixas que são utilizadas por carros para ultrapassar outros veículos, e outros exemplos de desrespeito não só ao direito de ir e vir, como o da vida.”, afirma Bueno.
É comum vermos automóveis estacionados sobre ciclofaixas, ciclovias, e até mesmo calçadas de pedestres. Infelizmente a maioria dos motoristas não conhece o Código de Trânsito, por falhas do Detran e dos Governos Estaduais. O que é inadmissível é vermos veículos oficiais ou veículos a serviço do poder público fazendo isso. Os órgãos públicos têm o dever de dar o exemplo e respeitar a legislação. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal 9.503), estacionar um veículo motorizado na ciclovia ou ciclofaixa é infração grave, sujeita a multa e guincho, pois coloca em risco a vida do ciclista:
Art. 181. Estacionar o veículo:
(…)
VIII – no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público:
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – remoção do veículo;
A dúvida que fica é: quando um motorista a serviço da Prefeitura Municipal comete um crime de trânsito como este, ou mesmo um policial, como também ocorre, quem deve cumprir a Lei e mandar remover o veículo?
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NOTA DE REPÚDIO CONTRA O ATO DA POLÍCIA MILITAR E A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
O grupo BICICLETADA JOINVILLE, enquanto movimento em prol da mobilidade urbana e uso de transportes mais humanos e sustentáveis, atua também para criar novas relações do cidadão com o transporte nas cidades, o que inicia com novas visões. E como tal, não podemos ficar indiferentes frente às lutas populares quando o assunto é mobilidade urbana e quando as reivindicações dos movimentos sociais se assemelham às nossas reivindicações enquanto movimento político/social.
No dia 22/01/2014, uma ciclista joinvilense a caminho de casa entrou em um ônibus com sua bicicleta. O fato gerou reação violenta da Polícia Militar, que agrediu a ciclista e outros cidadãos que estavam presentes. Conforme o relato do cinegrafista que registrou o ocorrido:
“Logo depois que havia acabado a manifestação, ocorreu o fato de uma garota que tinha entrado no ônibus com uma bicicleta. O motorista foi contra e chamou a polícia e o fiscal, mas com a ajuda dos manifestantes e dos passageiros, o ônibus foi liberado, mais logo que o ônibus se afastou do terminal, a polícia veio e parou o ônibus, e botou as garras de fora, eles vieram com toda sua arrogância e tentaram tirar a bicicleta, tirando o fato que todos os passageiros tinham concordado com a bicicleta dentro do ônibus, mas não adiantou nada, eles vieram com toda a sua violência e prenderam um cara que apenas estava apoiando o direito da garota … o momento da agressão é às 9:20min do vídeo”. (https://www.youtube.com/watch?v=0EwLrR1Lc3g)
O caso aconteceu após uma manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, que foi reajustada este mês para R$ 3,00 (R$ 3,40 se comprada durante a viagem), quando deveria custar R$ 1,86 se fosse reajustada segundo a inflação acumulada desde 1996. Pessoas foram retiradas do ônibus à força por policiais militares e houve uma discussão com manifestantes que interviram a favor delas. Um policial chegou a abraçar um cidadão e disse em seu ouvido: “Eu te amo, mas eu te mato!” O que deve ser caracterizado como crime de ameaça. O fato está registrado em vídeo e disponível na internet no link abaixo e pode ser percebido aos 0min 55seg do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=H4FgSehCizA&hd=1
É preciso lembrar que a integração entre os meios de transporte está prevista na Constituição Federal Brasileira (Lei 12.587, 03/01/2012; Art. 1º): “A Política Nacional de Mobilidade Urbana é instrumento da política de desenvolvimento urbano (…) objetivando a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no território do Município.”
A Nova Lei de Mobilidade Urbana tem como princípios a acessibilidade e a equidade do uso dos espaços urbanos e, como diretrizes, a prioridade dos meios de transportes não motorizados sobre os meios motorizados e a integração de modais, garantindo ao cidadão um transporte menos desigual e inclusão social.
Levar bicicletas dentro de transportes coletivos é comum em cidades dos países ditos “desenvolvidos”, e em algumas cidades do país, tal como São Paulo com o transporte de bicicletas dentro do Metrô. Mas em Joinville, como na maioria das cidades brasileiras, isso não acontece, por conta de um sistema de transporte coletivo insustentável e antidemocrático.
Em 2012, durante as audiências públicas para a licitação do transporte coletivo em Joinville, a questão da integração modal (transporte de bicicletas dentro dos ônibus) foi levantada pela sociedade civil, e prontamente descartada pelo Instituto de Planejamento Urbano de Joinville (IPPUJ), órgão da Prefeitura Municipal. O processo licitatório não foi concretizado.
As empresas Gidion e Transtusa exploram de forma monopolista o transporte coletivo de Joinville há 50 anos, dentre estes, 15 anos na ilegalidade. A Constituição Federal de 1988 determina que a contratação de serviços públicos deve ser realizada mediante licitação. Porém em 1998, dez anos depois, o então prefeito Luiz Henrique da Silveira – partidário de Udo Döhler – ignorou a Constituição e renovou a concessão das empresas de transporte com aval da Câmara de Vereadores.
Serviços prestados ao município por empresas privadas caracterizam uma Concessão Pública. De acordo com a Constituição, o serviço destas empresas deve se submeter ao Controle Social, ou seja, o controle de sua forma de execução de acordo com o que a sociedade civil julga como necessário. Infelizmente isso ainda não acontece, o que demonstra uma grande falta em relação à consolidação de uma sociedade democrática.
O ato truculento da Polícia Militar contra uma ciclista que pretendia transportar sua bicicleta dentro de um ônibus não é admissível em um Estado que se diz democrático. A situação de um transporte que por função deve ser coletivo, em que os usuários não podem decidir se uma bicicleta pode ser transportada de um ponto a outro na cidade demonstra-nos quão frágeis são os limites dos direitos individuais e coletivos que temos em nossa cidade.
É possível afirmar que a corporação da Polícia Militar, que é mantida com recursos públicos, faz um tipo de “segurança privada” das empresas de transporte, desvirtuando sua real função que é combater o crime sob a luz da legislação e garantir os direitos civis dos cidadãos, ao invés de repreendê-los. Quem perde somos todos nós cidadãos, ciclistas e não ciclistas, usuários de transporte coletivo ou não usuários.
BICICLETADA JOINVILLE
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Bicicletada no Colégio Estadual Tuffi Dippi
Na Sexta-Feira, 9 de Julho, fomos ao colégio estadual Tuffi Dippi conversar com a garotada da sétima série sobre mobilidade urbana. Conversamos sobre o uso da bicicleta e do ônibus como soluções para otimizar a mobilidade em Joinville. Foi muito bom notar que este é um tema que interessa jovens nesta faixa etária, e no final da apresentação já estavam nos perguntando quando seria a próxima bicicletada!
Segue abaixo um vídeo animado com um trecho da apresentação:
Baixe aqui os slides da apresentação realizada no colégio.
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